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28 de mai. de 2011

Se eu Soubesse Escrever.



Se eu Soubesse Escrever.


Se eu soubesse escrever lhe escreveria os mais belos contos, a mais fascinante historia, as mais sinceras poesias e o mais profundo sentimento que tenho por ti. Mas não sei como escrever. Talvez seja indescritível.
Se eu soubesse escrever lhe enviaria toda a nossa história, com todos os nossos momentos felizes e tristes, emocionantes e calmos, de amor e ódio, de encanto e desencanto, de afeto e desejo, juntamente com tudo o que gostaria que tivéssemos vivido, os momentos que desejamos está juntos, a família que teríamos, os filhos que educaríamos, os momentos que só em pensar que não teremos me dá um aperto profundo no peito.
Ah se eu soubesse, se soubesse, lhe escreveria com as mais intensas e complexas palavras o quanto te amo.

Palavras



Palavras


Há palavras boas e palavras más, palavras bonitas e feias. Há palavras que não dão com as coisas para que servem, Lua, por exemplo, não poderia ser outro nome.
As palavras também servem para dizer coisas bonitas e consolar ou sofrer. Boa, por exemplo, é uma palavra boa, parece macia, mas se a pessoa nos diz “a menina não é boa”, e abana a cabeça, isso pode afligir muito.
As palavras servem para dizer tudo àquilo que não podemos demonstrar de outra maneira, a não ser por meio delas. Não importa todos esses significados das palavras, pois para mim só existe um: Para dizer o quanto te amo, para te fazer rir com minhas piadas sem graça, para dar nome aos nossos filhos.

19 de mai. de 2011

Reflexão.



Reflexão.

Às vezes eu dizia que minha vida era chata, tediosa e muito mal aproveitada, mas agora, ao som de cássia Eller, na varanda da parte superior da minha casa, admirando a vista das serras do cruzeiro, é, serras que pra você pode não significar nada além de um monte de terra coberto por matos, percebi que quando dizia que minha vida era chata, tediosa e muito mal aproveitada era verdade, mas agora se eu tivesse de definir minha vida eu diria: - Não é uma das melhores coisas do mundo, não foi grandiosa e nem de fazer inveja à ninguém, mas é o meu orgulho, por que foi eu que assim a fiz, sem plagiar, sem invejar, sem corromper os meus princípios, sendo apenas eu mesmo.

14 de mai. de 2011

Eu Aprendi



EU APRENDI

Aprendi que amar é a coisa mais difícil do mundo.
Aprendi que deixar de aproveitar os poucos bons momentos que a vida oferece é um desperdiçar de felicidade.
Aprendi que errando, tentando, arriscando, ousando é que se consegue algo, ou pelo menos tenta e não fica com a dor na consciência de nunca ter arriscado.
Aprendi que ter amigos é excelente, e aproveitar todos os momentos com eles, como se fossem os últimos, é melhor ainda.
Aprendi a valorizar a minha família e a ter mais e mais amor, já que a família pra mim é base que sustenta o homem.
Aprendi a superar a dor, ou melhor, isso ainda estou tentando aprender, por que não é fácil perder alguém que se ama.
Aprendi que os mais simples momentos, as mais singelas atitudes expressão o carinho, o amor de alguém com veracidade do que com extravagâncias.
Aprendi a respeitar e amar, ouvir e dizer sim, a ser mais paciente e a medir as palavras que falo.
Aprendi que tudo nessa vida não é dinheiro, existem coisas mais valiosas para serem cobiçadas.
Aprendi que as amizades de verdade estão aonde você menos esperava, e que hoje em dia esse tipo de amizade está cada vez mais raro.
Aprendi que um simples sorriso pode transmitir mais que mil palavras poderiam expressar, isso vale também pra um olhar.
Aprendi que nem mesmo aos nossos inimigos devemos desejar o mal, apenas o melhor, para que quando estivermos por cima elas possam ver que vencemos.
Aprendi que ter alguém especial é ótimo, mas compartilhar dessa felicidade com todos a sua volta é mais gratificante ainda.
Aprendi que a vida tem altos e baixos, e não será por isso que deixarei de lutar, persistirei até vencer ou não houver mais possibilidades de lutar.
Aprendi que às vezes é bom sair da rotina e fazer algo novo, dizer algo que tem vontade, enfim extravasar.

Dentre essas coisas todas que aprendi há uma que considero a mais importante.
Aprendi que a vida não tem preço e que temos apenas uma chance pra fazer tudo ter valido a pena.


Bruno Melo

2 de mai. de 2011

Dolores Paiva




Dolores Paiva.


Meu nome é Dolores Paiva, morava em Sergipe, mudei-me para São Paulo aos meus sete anos por causa de meu pai, que espancava a mim, minha mãe e meus irmãos. Saímos de lá para tentarmos uma vida melhor na grande São Paulo, quem dera desse certo, as coisas aqui só fizeram piorar, minha irmã Fátima foi sequestrada, o mais novo Gélson foi estuprado e morto e o mais velho, Genilson foi preso e assassinado na prisão federal. Sobrou apenas eu e minha mãe. Para sobrevivermos fomos obrigadas a fazer programas, começamos a nos prostituir e por enquanto o que ganhávamos dava para comer, pouco mais dava. Passamos dois anos nessa vida de cão. Conseguimos alugar uma casa na periferia. Minha mãe arrumou um emprego de faxineira num prédio perto da favela onde morávamos, tinha um salario que dava pra pagar as contas da casa, mas eu continuava a me prostituir. Minha mãe não gostava do que eu continuava fazendo, já que não era tão necessário, pois ela já possuía um emprego descente. Continuei por que minha mãe ganhava pouco e não era o suficiente.
Minha mãe contraiu HIV, resultado do tempo em que fazíamos programas junta, faleceu dois meses após ser detectado o vírus. Sozinha decidir ir para o Rio de Janeiro. No rio sozinha, abandonada sem abrigo e desesperada continuei fazendo o que fazia em São Paulo. O ponto que eu fazia era em Copacabana, mas eu não duraria muito tempo ali não, pois o ponto que eu estava pertencia a um perigoso mafioso, fui obrigada a ir para outro local. Passei mais dois anos nessa vida, até que surgiu um gringo para fazer um programa comigo. Um coroa, charmoso, bem vestido e com um sotaque que me deixava louquinha. Encantou-se por, e eu me encantei com ele, bom assim eu penso. Ele pergunta se eu gostaria de ir morar com ele em Miami, sem nada a perder vou embora com o tal gringo. Casamo-nos. O nosso relacionamento já durava um ano e meio. Tivemos dois filhos, James e Beatriz. Consegui um trabalho numa boutique e meu marido trabalhava na indústria automobilística. Tudo parecia bem, mas quando meu marido anunciou que seria transferido para Barcelona e que nossos filhos iriam com ele, meu mundo desabou. Perguntei por que eu não iria com eles, ele me disse: você achou mesmo que eu a amava, nunca lhe amei e nunca vou te amar, pode ficar com a casa e todo o resto por que o que eu queria de você já possuo, são os meus filhos. Aquilo acabou comigo, perdi completamente a noção do que fazer, já não entendia mais nada. Fiquei desesperada.
Foram embora e nunca mais os vi. Passou-se três anos que eles se foram e eu continuava sozinha, não arrumei outro marido por que meu único amor foi aquele gringo ordinário. Com tantas decepções na vida de uma pessoa só desisti de tudo, desisti de trabalhar, de comer, de respirar, desistir de viver. Antes de acabar com esse sofrimento digo para os meus filhos, onde quer estejam: Sempre vou está com vocês não importa ode seja, adeus.
Dolores Paiva.